Sexualidade no pós-parto

O puerpério é o período decorrido entre o nascimento do bebê e os próximos 40 dias pós parto, período pelo qual a paciente passa por transformação hormonais, emocionais e corporais intensas! Nesse tempo independente da via de parto (normal ou cesárea) é recomendada abstinência sexual, uma “quarentena sexual”.

O útero está retornando ao seu tamanho original e a imunidade da mulher ainda está prejudicada, portanto atividade sexual nesse período poderia aumentar a chance de infecções pélvicas e mesmo problemas de cicatrização (vaginal ou abdominal).

Após os quarenta dias, se não houver nenhum impedimento clínico – é importante que seja autorizado pelo seu/ sua obstetra – o casal pode retomar as atividades sexuais! Nesse momento é importante que a paciente esteja ciente que as transformações do puerpério podem refletir diretamente na sua resposta à retomada da atividade sexual!

A vagina, tanto no caso do parto normal quanto na cesárea, fica mais ressecada, em especial pelo efeito direto do hormônio progesterona e prolactina circulantes em maiores quantidades.

O dois hormônios que costumam conferir mais elasticidade vaginal e garantem a secreção e lubrificação são estrogênio e testosterona, porém se encontram em menores quantidades na circulação sanguínea em geral no puerpério e enquanto a mulher está amamentando.

Também os contraceptivos hormonais que podem ser usados enquanto a paciente está amamentando são compostos de progesterona, e acabam por sustentar esses sintomas de ressecamento. A fragilidade da musculatura abdominal pós parto e a sobrecarga de peso
durante a gestação podem refletir em dores pélvicas durante a relação, a depender da posição no sexo.

Mulheres submetidas a parto normal com episiotomia ou perineotomia, ou mesmo partos em que houve necessidade de suturar alguma laceração vaginal, podem temporariamente apresentar mais dor local pela alteração da sensibilidade dos nervos
locais. Por fim, a atenção da mãe está totalmente voltada a proteção e cuidados do bebê e pode ser difícil a retomada da atividade sexual por diminuição do interesse/desejo sexual, pela privação se sono, por certa “vergonha” de mostrar o corpo pelas modificações corporais ocorridas, entre outras causas.

Esses sentimentos podem promover de forma involuntária uma contração da musculatura pélvica tornando a penetração dolorosa ou mesmo impedindo a penetração.

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